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Mulheres empreendedoras, que geram vida a partir do “lixo”

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Entre as muitas histórias que A Rocha acompanha, nesta semana do Meio Ambiente queremos compartilhar duas, de duas mulheres nordestinas, uma da capital e outra do interior, uma pastora e a outra missionária, que por meio de suas iniciativas sustentáveis tem motivado e beneficiado outras mulheres e homens. Elas fazem parte do Projeto Rede de TransformAção, que tem financiamento pela organização internacional Tearfund.

Netinha, como gosta de ser chamada, é uma missionária e até alguns poucos anos atrás liderava sozinha uma igreja na cidade de Ibiapina (CE). Hoje casada, compartilha com seu marido esta tarefa. Mas Netinha não é só envolvida com as atividades da igreja local, ela é também parte atuante do município de Ibiapina, membro de conselhos municipais (meio ambiente, alimentação escolar e direitos da criança e adolescente). Entre as muitas atividades que exerce, hoje Netinha também tem se reunido com mais 20 mulheres de Ibiapina periodicamente nestes últimos meses para sensibilizá-las sobre a questão do resíduos sólidos (recicláveis), reaproveitamento de materiais e geração de renda. As mulheres de Ibiapina tem aprendido a transformar “lixo” em carteiras, bolsas e puffs. No final do curso, as mesmas mulheres organizarão na praça principal da cidade uma feira, como forma de confraternização e exposição de seus produtos. Além do artesanato, as oficinas tem sido também uma terapia para essas mulheres, uma forma de socialização e contribuição para sua auto-estima.

Netinha e os produtos confeccionados pelas participantes das oficinas. Oficina de confecção de bolsas a partir de embalagem Tetra Pack. Oficina de confecção de carteiras a partir de cartonagem.

Agostinha é bióloga, pesquisadora do Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão (CPHNA) e pastora de uma igreja local em São Luís (MA). Além da igreja, Agostinha também lidera juntamente com seu marido o Instituto Social e Cultural Kerigma, que promove na cidade muitas oportunidades às crianças, jovens e adultos. Mas mesmo com a agenda apertada, Agostinha ainda consegue arrumar tempo para fazer ainda mais pelas pessoas. Recentemente ela iniciou em um dos bairros mais vulneráveis de São Luís um projeto de compostagem comunitária. Ela tem sensibilizado moradores do bairro Cidade Nova Garapa para a questão dos resíduos sólidos (orgânicos), sua reutilização e geração de renda. Os moradores do bairro tem aprendido a aproveitar ao máximo os alimentos, montar uma composteira e utilizar o adubo gerado pela compostagem em hortas e jardins. O projeto está a todo vapor e, em breve, Cidade Nova estará produzindo seu próprio adubo e, quem sabe, até gerando renda por meio dele.

Agostinha e a composteira comunitária. Mulheres do bairro aprendendo sobre o funcionamento de uma composteira. Preparação da matéria orgânica (restos de alimentos) para entrarem na composteira.

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